quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Os dias não são mais como antes.

Cinza, da mesma maneira que o céu.
Da mesma maneira que o grafite do meu lápis, o mesmo que originalmente escreveu estas linhas. As coisas estão obscuras, não completamente cinzas, mas apagadas.
As gotas de chuva voltam a demonstrar tristeza pra mim, não pelo fato de estarem caindo, mas por lembrarem das lágrimas que não conseguem cair de meus olhos. Elas me causam inveja.
Há tempos não consigo chorar e isso não pode ser considerado algo bom. Chorar alivia, é uma forma de desabafo. Aguentar toda essa carga por tanto tempo é um martírio.
Perdoe-me se em algum momento eu desabar. Perdoe-me se em algum momento eu agir de forma estranha. Eu estou perdendo o controle sobre meus atos. E a culpa...a culpa é só minha.
Seria muito mais fácil apenas aceitar sua crença, agir da mesma maneria que quando criança, apenas ser uma cópia sua. Mas não sou.
E isso me corrói, me destrói a cada palavra não dita, a cada verdade omitida, a cada lágrima não derramada.
O amor não está em mim. Ele está fugindo, há muuito tempo. E eu não sei mais no que acreditar.
Eu quero acreditar, eu preciso acreditar. Mas por quê acreditar?

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