segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mais um devaneio.

São passos dados em uma direção qualquer,
Palavras proferidas sem pensar,
Sussurros no silencio de uma composição.
Sonhos perdidos, a flutuar nessa imensidão de sentimentos
Conturbados, conflitantes e sem razão.

Talvez sejam alucinações
Imagens que minha mente continua a inventar
Sempre tentando enganar meus olhos,
Tentando mudar tudo
Dentro desse grande emaranhado de neuronios.

Sons que eu sequer ouvi
Palavras que nunca me foram ditas,
Um idioma que eu não sei qual é.
Eu juro que pensei ter ouvido alguém gritar,
Juro que senti como se houvesse mais alguém aqui.
Mas não havia mais nada.
Mais uma vez eu acordei.

domingo, 23 de maio de 2010

Eu não tenho dons artisticos,
Eu não sou boa com as palavras,
Sequer aparento ter estilo.
Eu sou ninguém.

Untitled

Uma flor qualquer
Não, qualquer não
Uma tulipa
Gosto de tulipas,
Amo tulipas.

Enfim,
Uma tulipa
Suficientemente regada,
Com grade chance de ser colhida
Transformada em buquê
E entregue a uma garota qualquer.
Uma garota qualquer?
Não, eu. Eu mesma.

Esse buquê
Com um bocado de tulipas
Lindas, vermelhas, perfumadas (pelo menos pra mim)
Assim como qualquer outro
Um dia murcha
Um dia seca.

Mas o meu,
Bem, esse não seca
Alias, custa a secar.

Tenho um enorme apreço por ele,
E justamente por isso
Espero que ele seque.

Cada vez que olho pra ele
Sinto uma nova esperança se renovar,
Me encher de felicidade
E momentos depois,
Me causar uma dor enorme, que só me consome
Cada vez mais e mais.

Tinha me esquecido que
Você pode me provocar
Crises asmáticas.

Quero te ver definhar,
juro que quero.
Assim não o verei mais,
Não lembrarei mais,
Sofrerei de menos.

Tulipas, minhas flores preferidas
Não sei porque comparei vocês assim.

Talvez sim, talvez não. No momento parece verdade.

Sim, eu te odeio.
Odeio o fato de mesmo quando não quero, penso em você.
Odeio o fato de me sentir feliz só por te ver, mesmo que em fotos.
Odeio o fato de conhecer você. Sério.
Tudo seria muito mais fácil se eu não conhecesse esse seu jeito de ser.
Odeio o fato de não conseguir enxergar teus olhos.
Odeio o fato de associar quase tudo a você.
Odeio conhecer seu cheiro.
Odeio essa minha capacidade ridicula de procurar seu rosto em todos os lugares.
Eu odeio você. Imensamente.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Wake Up!

Estagnado.
Imóvel.
Sem expectativas.
Continuo oscilando entre tristeza e ilusão, perdendo tempo.
Por mais que os dias passem, por mais que minha rotina se modifique, eu ainda não vejo tanta graça assim neste lugar. Pelo menos não sem você.
Talvez seja a hora de encarar de frente os fatos: NADA vai conseguir preencher esse enorme espaço vazio dentro de mim; minhas frustrações só irão aumentar com o tempo; a vida real é cruel demais.
Eu quero não acreditar em tudo que leio nos livros, mas a cada vez mais prefiro adentrar neles. A minha atual realidade é triste, deprimente, desanimadora. As historias pelo menos trazem à tona sentimentos aos quais não tenho acesso, há muito tempo.
Antes, procurava evitar comparações entre os dois mundos, o real e o imaginário, tolice, se quer saber. É comparando que percebo o quanto é inútil viver sonhando. Em algum momento você tem que acordar pra vida e se, demorar demais, pode ter certeza que quebrará a cara. Acho melhor acordar enquanto ainda há tempo. Acho melhor você aprender a separar bem as coisas.
Nem tudo é como num livro/filme que você lê/vê por aí. Vamos lá, sejamos realistas.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Alguém.

Alguém de quem nunca ouvi a voz
- Mas reconheceria em qualquer lugar
Alguém com quem nunca conversei
- Mas saberia sobre o que falar
Alguém que eu sequer conheci
- Mas da qual não esqueceria o rosto
Alguém que faz bem
- Mesmo sem ter me feito nada
Alguém que mantém minhas esperanças
- Mesmo quando eu as perco de vista.
Alguém que me machuca
- Pelo fato de não ter passado, muito menos estar na minha vida.

Afinal, só restam lembranças

Analisando esses meus últimos dias,
Percebi que não pertenço
A lugar nenhum,
Nem ao menos tenho alguém
Que se importe tanto assim comigo.
E não venha me dizer o contrário,
Tenho certeza do que estou dizendo.
Achava que era importante
Ou ao menos significativa pra você¹
Mas como sempre,
Vi que continuo sendo
O mesmo aglomerado
De sangue, carne e ossos
Que serve de apoio
À sua cabeça
Em momentos aleatórios,
Nada mais que isso.
Nunca ouvi,
Nem ouvirei
Você dizer que sou alguém
Que mudou algo,
Que te fez sentir algo,
Em algum momento da sua vida.
No fim,
Sempre estarei sozinha
E sempre restarão apenas
Lembranças e músicas.
____________________________
¹Você  não é necessariamente alguem que eu conheça, entende?

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Expectativas são para os fracos (como diria um amigo meu).

Adicione mais um dia à minha existência.
Mais um dia que eu não sei dizer ao certo o que foi.
Perdi totalmente minhas expectativas em relação ao amor, algo que eu sequer sei dizer se já senti realmente. Talvez até tenha chegado a algo parecido, mas como nunca foi correspondido, não acho correto considerá-lo real. Acho que amor amor mesmo, só é de verdade quando as duas pessoas sentem, quando é recíproco. E minhas estúpidas tentativas estão longe de serem consideradas como algo verdadeiro. Se eu amo? Não sei dizer ao certo, mas sentia uma sensação estranha quando um certo olhar encontrava o meu. Hoje, os mesmos olhos me confundem. 
Cansei de frustrações. Cupido, por favor, me dê uma trégua, ou pelo menos esteja lúcido quando me flechar. Estou cansada dos seus erros. Talvez deva cortar as suas asas.
Apesar de tudo, hoje me encontro numa situação melhor do que antes. Já sei o que pode acontecer, sei o que não consigo suportar em algumas situações, sei que não devo ter grandes expectativas. Às vezes me sinto como uma "valvula de escape", algo com qual alguns minimizam suas carencias emocionais, com carinhos, abraços e olhares (quero deixar claro que não passa disso). Mas gostar mesmo, é só de outras garotas que, devo destacar, são muito mais bonitas, inteligentes e ricas do que eu. Não sei se estou certa mas, as considero melhores que eu em vários aspectos. Pra algumas, as coisas são muito mais fáceis, pelo simples fato de possuírem uma beleza maior, o que nem sempre compensa o cérebro atrofiado que têm. Nem sempre, nem sempre.
Mas após pensar por dias e dias nesse mesmo assunto, percebi que deveria pelo menos tentar esquecer um pouco esse meu lado carente e fazer o que gosto: ler, ouvir musicas, assistir filmes...ocupar a cabeça com coisas que valem mais a pena pra mim nesse momento um tanto quanto caótico. Ganho muito mais.
Quero/preciso continuar assim, sem expectativas, afinal, quem entra num jogo como esse dessa maneira, não tem o que perder, mesmo que tambem não tenha o que ganhar. Dessa vez prefiro assim.
Apenas deixar a música tocar, o vento beijar meu rosto e a imaginação dominar esta mente perdida, trazendo ao menos um vestigio de alegria para esse coração já calejado, apesar de jovem.

domingo, 2 de maio de 2010

Sim, estou num momento revolts.

Eu ainda não entendo.
Não sei o que dizer,
o que fazer
muito menos o que pensar.

Palavras surgem 
A todo momento
Assim como os sons
E imagens
Que insistem em trazer 
A mesma imagem 
Que eu inutilmente insisto
Em tentar esquecer.

As pessoas usam sempre 
As mesmas palavras
Pra situações parecidas
Mas por favor,
Não as profira pra mim.

Não venha 
Com mais uma
Dessas tentativas frustradas 
De me agradar.
EU NÃO QUERO/PRECISO DISSO.

Eu só quero
Algo verdadeiro,
Não preciso de palavras, e mais palavras
Eu tenho as minhas próprias,
Não necessito das suas.
Toda essa empatia me irrita.

Me deixe aqui
Me deixe só,
Não tente me acompanhar
Eu NÃO quero isso.
Eu quero ficar sozinha, 
será que é dificil entender?