terça-feira, 30 de março de 2010

Letras, apenas letras agrupadas.

Palavras perdidas em mentes confusas
Frases repetidas
Textos sem sentido.
Talvez sejam apenas palavras insanas
Ditas por algum lunático qualquer
Daqueles que ainda deitam em gramados,
que ainda riem de coisas fora da compreensão de qualquer um.
Talvez sejam apenas teorias quaisquer
Propostas por físicos, filósofos ou loucos,
Pensadas em espaços e tempos distantes
Literalmente ou não.

terça-feira, 23 de março de 2010

Desequilibrio

Nunca me imaginei como alguém controlado o suficiente para se manter de pé em certas situações.
Nunca me imaginei como alguem que conseguisse ocultar tantas coisas assim.
Sequer me imaginei como alguém com um autocontrole. E, realmente, neste ponto continuo certa.
São passos dados em direção qualquer, palavras proferidas sem pensar. Soluços perdidos no ar.
O sangue ainda pulsa. O pulmão ainda falha, a ponto de sufocar. 
É, eu ainda quero chorar.

domingo, 21 de março de 2010

Poeira.

Apesar de belas, intrigantes e inteligentes, suas palavras em boa parte das vezes me sufocam de maneira estranha e incompreensivel até mesmo para alguém acostumado a essa sensação.
Não que isso importe, nada disso deve fazer tanto sentido assim pra alguem além de mim. Mesmo que fizesse, não seria a mesma coisa.
Apenas continue sua vida da maneira que ela lhe é imposta. É muito mais facil seguir a corrente e não pensar. Mas se o fizer, lute o tanto quanto lhe for possivel para mudar situações que lhe parecem erradas, corra o quanto suas pernas aguentarem, sorria e chore o quanto lhe for necessario. Só não me venha  sempre com as mesmas palavras desgastadas sem propósito. Cansei  de criticas infundadas e bobas. Isso eu mesma posso fazer.
Just dust in the wind, all we are a dust in the wind.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Fragmentos de uma rocha qualquer.

Vento
Que leva para onde não queremos ir
Ou para onde não podemos ir.
Voando sem ter aonde chegar
Voando sem  saber o que encontrar.
Transformando sonhos
Em pedaços
Separando pontos
Que já se complementaram
Desfazendo particulas pelo ar.
Grãos de areia
Jogados por toda direção
Mandados para todo lugar
Separados para talvez se encontrar,
Unidos numa imensidão à beira-mar.

segunda-feira, 15 de março de 2010

The another red riding hood

Caminhando sozinha, por entre esta floresta de prédios, não tinha como não se sentir perdida.
Sempre as mesmas pessoas passando apressadas enquanto dão instruções pelo celular. Sempre o mesmo mar de veiculos tornando o ar mais poluido. Sempre as mesmas buzinas e apitos irritantes. Sempre as mesmas poucas arvores se rendendo ao vento.
E como eu posso fugir de tudo aquilo, esquecer tudo que aflige assim de repente?
As musicas não cooperam mais comigo. Divertem-se e choram as minhas mágoas, aquelas que continuam com coletes salva-vidas, recusando-se a afogar. Gritam e me ofendem a cada gesto que fiz ou que deixei de fazer, a cada palavra não dita que eu tanto quiz dizer.
Eu não tenho um gorro vermelho. Eu não levo doces a um idoso.







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Continua

domingo, 14 de março de 2010

Apenas hipoteses.

Eu bem que podia ser alguem inteligente e deixar de me importar.
Eu podia ser boa com as palavras.
Eu podia ser bela, podia ser interessante.
Eu poderia ter ideais relevantes, poderia ter talentos.
Poderia ser otimista.
Poderia realizar fantasias, poderia saber sobre o que falar.
Poderia amar e ser amada.
Poderia gritar e ser bem interpretada.
Eu poderia conhecer coisas que ninguem conhece.
Eu poderia sorrir sinceramente em todas as situações.
Eu devia me acostumar a perder o que mais me importa.
Eu devia fingir conformidade.
Eu devia GRITAR e realmente me f**er pro que os outros pensam.
Mas o que eu faço?

Apenas finjo que está tudo bem, finjo que não sei de nada.



Agradeça ao mundo por eu ser assim.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Sonhos que talvez nunca se tornem realidade.

Estava a andar pelas ruas ouvindo músicas aleatórias. Musicas que talvez você nunca tenha escutado, letras que talvez você nunca irá gostar.

Ainda tinha uma sensação estranha. Ainda podia ver as folhas caindo. Mas a luz que vinha acima de mim não era mais pálida, era apenas uma luz comum. Poderia até dizer que aquilo que eu vi na porta daquela casa era o que procurava, mas a luz me mostrou que não passava de uma miragem. Droga, minha mente está brincando comigo de novo.

As silhuetas surgiam em meio às sombras das arvores, mas tudo o que via ao meu redor eram minhas companheiras solitarias dançando conforme o balanço e o chiado  do vento. Gélido, mas confortante.
Foi quando me deparei observando-as e acompanhando seus movimentos com os braços, movendo-os conforme a musica que ouvia nos fones de ouvido.
E tudo o que me era dito penetrava na minha memória, tanto que não a esqueço até hoje. As palavras continuam aqui, dentro de mim, continuam causando a mesma sensação. The sun is the same in a relative way, but you're older. Tudo era muito mais fácil antes. Querida ingenuidade.
De repente a minha visão ficou turva. Nada mais estava ali. Apenas a escuridão. E as coisas ficavam mais claras em minha mente. Nem tudo está perdido. Apesar de tudo a vida é longa, e eu ainda tenho um certo tempo para viver.
Quando me encontrei, me perdi. Quando não esperei, vi o caminho. Quando o segui, voltei a me encontrar. Quando me encontrei, bem, digamos que me perdi.
Não sei mais onde está, não sei mais o que é. Só sei que estou aqui, só sei que não quero estar aqui.

Eu pensei ter visto alguém na janela. Pensei ter ouvido alguém gritar. Pensei até ter sentido alguém me abraçar.
Mas aquilo foi só um sonho,
Nada mais que isso.

terça-feira, 2 de março de 2010

Quantitativo

Será que eles realmente
Existem apenas
Para complicar as coisas?
Ou seria apenas 
A enorme preguiça humana
Em tentar compreendê-los?

Devo confessar
Que muitas vezes
Ofendi-os terrivelmente
E desejei que nunca tivessem existido.

Mas a vida é feita de incógnitas,
E grandes sistemas
Onde nem sempre substituir
É a saída mais fácil.

Apenas resolva as equações.

Sim, eles são nossos amigos
Sempre podemos contar com eles.