segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Gotículas, fragmentos de um ciclo.

Ninguém pode me fazer acertar hoje. Nada pode me ajudar.
A cada segundo a correnteza me leva para o mar, mar do qual eu não quero fugir. Estava há tanto tempo presa nessa poça, há tanto tempo procurando uma lacuna para escapar, mas hoje vejo que foi tudo em vão.
Percebi que há muito mais para uma gota do que a poça. Eu realmente consigo entender, consigo achar a analogia correta para mim.
Ciclos.
Nuvens, trovoadas, e enfim, eu começo a cair. Normalmente acabo me unindo a poças, mas nesse momento, cheguei a um grande rio.
E a correnteza se torna minha aliada.
Estou chegando ao mar, de onde posso partir para o oceano. Uma imensidão de gotículas que como eu podem sentir-se livres, correndo pela imensidão azul, brincando de pique em cada canto do planeta.
Sorrindo. Divertindo. E se transformando.
Mas retornando ao início.
Volto ao período turbulento, volto ao meu ciclo de aflições.
Nem tudo dura pra sempre, nunca vai durar.
Momentos felizes existem, mas os tristes tambem. Aprendo mais com os tristes do que com os felizes.
Eu sei.
Toda essa turbulencia sentimental que estou sofrendo é a minha única certeza.