segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Árvores, vento e um banco de madeira.

Sentada aqui, neste banco de madeira, à beira da estrada. Esqueci dos carros, das pessoas, dos edifícios, apenas me concentrei nas companheiras verdejantes e enraizadas.
Amigas de momentos estranhos, companheiras de solidão, conselheiras mudas e tão sábias...me ensinam muito mais com seus movimentos perante o vento do que algumas pessoas de vã sabedoria humana.
Aqui, com o vento no meu rosto, observando o balanço dos galhos das árvores e tomando o meu tãão querido suco de uva, me sinto estranhamente feliz, estranhamente leve.
Acho que eu posso parar de cobrar tanto de mim mesma, acho que às vezes a única saída para seus problemas é apenas deixá-los um pouco de lado, nem que por alguns minutos. Isso faz bem. Alivia.
Após tanto tempo aqui, observando as pequenas coisas, pensando naqueles bons momentos, concentrando meus esforços nos sentidos, passei a me sentir mais calma, mais relaxada.
Depois da tempestade sempre vem a bonança, é o que dizem. Mas, como já disse antes, a auto negação está constantemente em minhas ações.
A tempestade durou muito tempo, cinco meses mais precisamente, com grandes turbulencias nas ultimas semanas. Espero que a bonança dure pelo menos um mês. Já seria o bastante.

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